sábado, 27 de junho de 2009

A SOBRANCELHA HUMANA E O CUIDADO DE DEUS


Antes era para mim, no mínimo, intrigante a colocação da sobrancelha na face humana. Não entendia bem a funcionalidade delas. Adoro essa parte nas mulheres, acho que dá todo um toque especial no rosto delas, mas sinceramente não entendia “o porque” Deus as terem colocado ali. Talvez tivesse sido Deus, apenas um bom DESIGNER humano nesse ponto...
Um certo dia me questionando sobre isso (que preocupação, não?!), tomei a coragem de externar essa dúvida em uma roda de amigos, achando que todos ficariam, no mínimo, encucados. Mas para a minha surpresa um amigo me respondeu prontamente, e me perguntou:”- Você já sentiu uma gota de suor caindo em seus olhos?” eu respondi a ele que pouquíssimas vezes, e mesmo assim havia sido as minhas próprias mãos suadas que haviam tocados em meus olhos. Ele me disse:”- Arde, né! O homem quando trabalha, naturalmente transpira muito em sua testa. Imagina se as sobrancelhas não estivessem ali para desviar o suor que escorre da testa para o canto dos olhos!!!” Naquele momento percebi o quanto Deus se importou com cada parte nossa, tanto de corpo, quanto do espírito.
Hoje (dia 12/06/2009) estava um pouco triste, fui para a academia a noite, no labor intenso da atividade física, quando me deitei para executar um exercício, fiz um movimento de forma brusca. Uma gota de suor caiu diretamente em meus olhos (pela 1ª vez). Nossa... como meus olhos arderam!!! Naquele exato momento me lembrei da sobrancelha, e pensei – Deus é perfeito, Ele se importa conosco mesmo - logo após pensar nisso, comecei a me questionar – será que realmente isso é verdade ou será que sou eu que quero acreditar nisso? – e assim fiquei pensando... e pensando...
Ao sair da academia, fui me relembrando dos atuais acontecimentos do meu cotidiano, e essa dúvida começou a se intensificar. ... Meu celular toca.... eu atendo.... ao desligar, pude ter certeza que realmente Ele se importa! Alguém com quem não falava quase 4 anos, alguém esse, que foi responsável direto pela minha conversão, me liga só para me perguntar se estava tudo bem. Dúvida sanada de forma instantânea . Deus realmente se importa conosco, nos ouve, fala conosco. Ele decifra cada lágrima, como se fosse um livro que exprime nossos eternos sentimentos momentâneos .

As sobrancelhas??? Essa foi apenas, uma demonstração física de um cuidado espiritual diário.
Salmos 40.17,B “... mas o Senhor preocupou-se comigo”

terça-feira, 23 de junho de 2009

I HAVE A DREAM – EU TENHO UM SONHO

Martin Luther King teve um sonho... se realizou em partes...

Eu também tenho um sonho!!!

Sonho com uma igreja coesa, uma igreja onde a principal preocupação seja o tratamento do “ser humano” visto pela ótica divina. Uma igreja onde suas mensagens passem a ensinar a/na prática do amor e não simplesmente que se resumam em acusar, apontar pecados ou prometer prosperidade.
Sonho com pastores preocupados somente com o pastoreio, com ensinamentos cristãos e não com pastores que “desvendam” os 7 pontos para o sucesso financeiro ou 8 métodos eficazes de conseguir coisas de Deus.
Sonho com uma igreja “corpo”, unida e não mais separada por doutrinas, denominações, tribos ou facções. Sonho com um ministério de louvor onde tenham pessoas comprometidas em levar Jesus a locais onde Ele ainda não alcançou, e não que estejam preocupados em vender CD’S e DVD’S, menos ainda que cobrem 50, 100 ou 200 mil por cada” show ministrado”.
Sonho com uma juventude forte e concisa, onde sua rocha seja só, e somente só, Jesus. Jovens esclarecidos pela palavra, jovens unidos com um único propósito: conhecer a Deus e torná-lo conhecido. Sonho com uma juventude que não se acostuma com a monotonia das 4 paredes da igreja, mas que também não seja tomada por um ativismo falso.
Sonho com um cristianismo onde as velhas práticas, sejam realmente a base fundamental da igreja. Onde a oração seja o bem mais valioso. Onde o cristianismo seja simples, como realmente é. Sonho com uma igreja cristã, calcada na rocha, aos pés de Cristo. Simples, coerente, enfim... uma igreja realmente cristã.

Eu tenho um sonho...

sim, eu tenho esse sonho!

sábado, 6 de junho de 2009

Simples humanidade



Já me critiquei muito, já me cobrei demais, já me julguei demasiadamente por saber o certo, mas na maioria das vezes não fazê-lo. Essas atitudes, até mesmo com relação a Deus, em suma, me deixam triste.
Em busca de uma suposta perfeição, como um atleta, corria até a exaustão, mas sem chegar ao fim. Tropeçava nos meus próprios erros. Erros, de certa forma, até primários. Continuo tropeçando neles. A cada dia contemplo ainda mais as minhas falhas. A cada manhã que acordo, vislumbro minhas limitações estampadas à minha frente. Incertezas, inconstâncias, medo, indecisões, enfim... HUMANIDADE.
Descubro no cotidiano, que sou um ser limitado, que minha humanidade não me permite a perfeição. Percebi que Deus quer de nós a Santidade, o que é um conceito muito mais abrangente e diferente que a perfeição.
Ser santo não é ser perfeito! Ser santo é aceitar que somos humanos, limitados, mas nunca deixar de prosseguir em direção a perfeição, mesmo sabendo não ser possível tê-la. Ser santo é ser separado, é andar na contra-mão do mundo, mesmo que as vezes nossa humanidade não permita.
Seguir a Cristo não exige de mim a perfeição, mas sim o conhecimento de Sua simplicidade. Aliás, Cristo nunca deu a entender que ser santo era ser perfeito. Ao contrário, as escrituras contemplam nossas limitações, como está escrito: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo (I Jo 2.1)”. Jesus se despiu de divindade, vestiu a roupa da humanidade, sem porém, deixar de ser santo. Nós, temos um modelo: Jesus! Filho de Deus! Natureza Divina. Nós, criaturas de Deus, filhos por adoção, através de Jesus, natureza do barro! Como poderíamos ousar ter a nossa natureza igual a do oleiro? Podemos repetir seus gestos, entender seus ensinamentos, fazer suas escolhas, mas sempre teremos nosso lado sombrio! Nosso pecado oculto... Nossa HUMANIDADE.
A ênfase Cristã, não é ser perfeito, mas ser Santo, o que não significa ser perfeito! O sangue de Cristo nos justifica, nos redime, nos lava. Não apenas uma única vez, mas todos os dias de nossas vidas! O sangue que um dia escorreu do calvário, não secou, escorre até hoje. Pecamos, estamos pecando e continuaremos a pecar todos os dias. Incrível como Deus, um ser supremo e perfeito, conseguiu nos amar tanto! HUMANOS...

O Libelo foi rasgado. O preço foi pago!



Em Colosesses 2.14, Paulo escreve que: “De alguma maneira o Libelo que havia sobre você foi rasgado”, mas como(?) se a cena da crucificação não é mencionado o libelo? A única manifestação escrita que havia era uma placa escrito “JESUS, REI DOS JUDEUS” em 3 idiomas diferentes. De fato ninguém narra esse escrito de dívida na cena da crucificação.
O que é um LIBELO? Em algumas traduções LIBELO é uma sentença que continha toda vasta lista de acusações dos condenados e ficavam, depois da sentença, pregadas nas portas das masmorras onde ficavam os presos da antiguidade. Isso era um Libelo!
A bíblia fala que antes de Cristo, todos nós já estávamos condenados e se estávamos condenados, todos nós tínhamos um Libelo.
Você se pergunta: Como pode isso ser real? Como pode? Onde e como o nosso libelo foi rasgado se não se fala disso na cena da crucificação? Realmente, não se fala. Paulo em Colosensses fala que de alguma maneira o nosso LIBELO foi destruído. O preço foi pago!
Na semana da crucificação, revendo a parte descrita que Jesus é trocado, pelo povo, por Barrabás para ser crucificado, posso perceber que certamente Barrabás não escolheu ser liberto, ele apenas foi, e Cristo não se opôs a isso nenhuma vez sequer. Entendo aqui que, como Barrabás, nós também fomos justificados sem pedirmos, simplesmente o preço foi pago e Cristo não se opôs, mas se entregou como uma ovelha que ia ao tosquiador: muda.
Mais à frente vejo Simão, na “via crucis” sendo obrigado a carregar uma cruz que não era sua. Uma cruz ríspida, que em contato com a sua pele certamente o feria; uma cruz, um peso que não era seu, mas como Cristo fez com Barrabás, Simão não se opôs, mas se prontificou a ajudar o mestre. Nesse ponto aprendo que muitos de nós estamos carregando cruzes que não são nossas, pecados que não são nossos, pesos e fardos que não são nossos. Mas Cristo fala que o seu fardo é leve, isso torna a nossa cruz leve. Cristo fala para tomarmos a nossa cruz (leve) e O seguirmos.
O que levou Cristo à cruz sem oposição? O que fez com que Cristo se entregasse por nós além do seu amor? Onde estava o Libelo que Paulo falava que de alguma maneira foi rasgado? Cristo sabia onde estava! Quando Cristo foi levado para ser morto, Ele se deixou ser levado porque Ele sabia que só existia uma maneira de nosso libelo ser destruído.
Na realidade quando Cristo estava sendo pregado naquela Cruz, havia algo que só Ele via, e só Ele sabia onde estava. Na hora da crucificação, Jesus, quando olhava para os seus pulsos prestes a serem transpassados, Ele via algo à mais: Ele via O seu e o meu Libelo, entre o madeiro e seu pulso, por isso Ele manteve os braços presos para serem transpassados. Ele sabia que a única maneira de invalidar o Nosso Libelo era quando o seu sangue inocente aspergido pelo furo ocasionado pelo cravo, tocasse o libelo escondido entre as mãos e a cruz. Assim o seu sangue foi derramado, invalidando toda e qualquer acusação. Todo Libelo (acusação) que o Diabo tinha contra mim e contra você foi apagado pelo sangue inocente de Cristo!
O Libelo foi destruído, os muros reerguidos, o Véu rasgado e agora podemos contemplar a face do Pai em santidade!

Não Há...



No caminho da “via crucis”, onde havia um homem que carregava um madeiro por uma longa distância, debilitado pelas feridas profundas dos açoites sofridos, porém, mais ainda pelas marcas da rejeição do seu próprio povo. Marcas essas que não eram vistas pelos humanos, pois estavam em seu interior, no seu coração. Esse mesmo homem teve forças para galgar o longo caminho sabendo o que o esperava no alto do Gólgota.
Cada açoite, cada palavra, cada manifestação de rejeição que sofria ainda no caminho, não O desviava do propósito maior. Cada vez que Ele olhava para o alto do monte, seus olhos não viam as pessoas que O desprezavam, nem as que O insultavam, nem ao menos as que O levavam para ser crucificado, porém, Ele podia contemplar, de forma alegre, de lá do alto do Góltoga, a minha e a sua imagem. Sim!!! Ele percorreu o longo caminho da “via cruscis” pensando em mim e em você.
Hoje, o mesmo Sangue vertido no madeiro lá no alto daquele monte, continua escorrendo e alcançando cada vez mais vidas e nações, não pelo seu sofrimento, mas por seu AMOR.
Deus não possui amor, Ele é o amor. Soberano, Reina soberano sobre as nações, continua, hoje ainda, sendo o mesmo Deus que cura, que liberta e que salva.
Não!!! Seu sangue ainda não secou! Sim!!! Ainda escorre e nos alcança a cada dia!
Quem faria isso por mim? Quem se daria por amor a você? Quem demonstrou tanto amor? Não há... Não há nenhum Deus como Tú Jesus (adorado, exaltado). Não há...

Impressionante, Ele nos chama de filho!



Preliminarmente, Tentando compreender a forma que nós, humanos, tratamos nosso Deus, eu fico angustiado pela minha incapacidade para tal entendimento. Por mais que eu tente compreender a maneira como nos relacionamos com o Senhor em momentos de alegrias e em momentos de tristezas, e eu me enquadro nesses paradigmas, eu não consigo! É algo inimaginável para mim mesmo a nossa motivação, no que tange ao nosso tratamento para com o Pai.
Em momentos de alegria, as vezes, O agradecemos, mas apenas por um simples e mero ato de obrigação vinculada à nossa “religiosidade”. Nem sequer paramos e conseguimos orar sem sentir aquela aflição para terminar logo a oração e desfrutar do que nos foi concedido. Mas em contrapartida, nos momentos ruins, a nossa primeira atitude é correr para os braços do Pai para pedir consolo, para pedir refrigério, para suplicar por ajuda ou até mesmo para cobrar as promessas que não chegaram em tempos oportunos a nós.
O que deveríamos receber de Deus? Será que como filhos estamos cumprindo nosso papel para que tenhamos autoridade de cobrar alguma coisa de Deus? A resposta é simples e clara: NÃO! Nós não teríamos a condição de ovelha, para que Deus, como pastor que é, vá atrás de nós, nos resgate e nos limpe. Não! Nós não estaríamos na condição de ter valor como de um simples dracma, para que Deus acendesse uma candeia e varresse o mundo afim de nos encontrar. Não! Nós não estaríamos na condição de um filho real solicitando ajuda do seu pai após traí-lo, não seríamos nem considerado parentes de Deus se não fosse pelo preço pago na cruz, se não fosse pelo sangue aspergido de Cristo Jesus em nosso favor; sangue esse que nos transformou em ovelhas e nos purificou dos nossos muitos pecados; sangue esse que nos imputa valor como o de uma moeda perdida, e finalmente, sangue esse que nos concedeu um titulação de FILHOS, FILHOS DE DEUS.
Através do sangue de Jesus, Deus nos olha não de forma direta, mas nos olha através de uma lente de sangue, sangue de Jesus, que Ele mesmo entregou em favor de nós.
Ele, Jesus, nosso Pai e Senhor, nos acolhe, ainda que sejamos infiéis e nos torna filhos adotivos pela fé.
E o que fazemos com tão imenso amor? Nós não o reconhecemos!!!
Me baseio no evangelho de Lucas capítulo 15, em 3 parábolas, são elas: parábola do filho pródigo, da moeda perdida e da ovelha perdida. Nas três parábolas, nosso Senhor, nos ensina um único princípio: “nós somos importantes, ainda que sejamos infiéis”. A natureza d’Ele é imutável e Deus, em sua essência, também é imutável.
O que Deus faz quando nós nos perdemos? Ele nos acha! O que Deus faz quando perdem agente? Ele nos ilumina com sua luz e nos acha! O que Deus faz quando nos rebelamos contra Ele e pedimos nossa bênção e partimos? Ele nos dá o que foi pedido e nos permite sair de sua presença. Interessante que quando estamos sofrendo, com um coração arrependido e contrito e pensamos em voltar, Deus não nos lembra dos nossos erros, Ele corre até nós para que não desistamos de reencontrá-lo, Ele nos dá um beijo, Ele põe a melhor vestimenta em nós, põe em nós um anel no dedo e faz uma festa para nos receber novamente! E porque? Porque Deus nos ama, ao ponto de ter entregado o seu filho único para todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna! (Jo 3.16)
Mesmo infiéis, relapsos, inconstantes e humanos, Ele nos segura pelas mãos e nos chama de FILHOS, portanto SOMOS FILHOS AMADOS DO HOMEM, ainda que errantes eternos em busca da santificação, mas FILHOS!

Seu amor o prendeu na cruz!



Contemplando a cena da crucificação, podemos perceber alguns pontos intrigantes! Como? Como um acontecimento tão bem narrado e simples pode ser tão intrigante? Tudo parece tão simples, sem aparentes acontecimentos sobrenaturais descritos!
Esse mesmo acontecimento tão simples e tão real, traz consigo, o maior gesto de amor já dedicado a mim e a você! Um ato de quem se entregou por amor!
Inicio me remetendo à Lázaro, quando JESUS, grita:”-Lázaro! Vem para fora!” e Lázaro veio! Ressurreição - poder sobre a morte.
Quando JESUS diz para os cegos:” – Veja!” e os cegos viram! Cura - poder sobre enfermidades eternas.
Quando uma mulher chora aos seus pés com arrependimento e coração quebrantado e JESUS diz: “- Seus muitos pecados foram perdoados. Vai e não peques mais!” e ela foi perdoada pelo PAI! Perdão - poder de apagar os pecados do passado.
Quando o Diabo O tenta no deserto, JESUS diz:”- Aparte-te de mim satanás!” e satanás bate retirada imediatamente. Poder sobre o domínio das trevas!
Jesus demonstra poder de perdão, de cura, poder sobre Satanás e sobre a morte. Como poderia apenas três cravos de aproximadamente 15 cm O segurar naquela cruz? Isso é intrigante! Como poderia um Deus ser preso por apenas três pequenos cravos?
Na cena da cruz, onde Jesus é pregado no madeiro, Ele apenas olha os cravos transpassarem seus pulsos e seus pés sem qualquer tipo de reação contrária. Mesmo sentindo muita dor, creio, Ele aplica toda sua força não para sair, mas para segurar seus pulsos e pés até serem totalmente transpassados.
Isso me intriga! Como o filho de Deus poderia ser preso por apenas três cravos? Refletindo sobre isso, o Espírito Santo me revela algo simples. Na realidade não foram os cravos que O prenderam na cruz. Na verdade o que O prendeu na Cruz até o momento final foi o AMOR que Ele tinha por nós!
Jesus não foi morto! Ele se entregou por amor a nós, e isso, apenas isso, O prendeu na Cruz até o ato da consumação. Ele permaneceu até o fim pensando no seu principal objetivo e alvo de amor: NÓS! Então o que O prendeu na Cruz? Certamente não os cravos, mas o seu amor!
Será que estamos respondendo a esse amor?