Quantas vezes me achei grande e forte ao comparar-me com pessoas errantes. Quantas vezes me achei santo diante de irmãos pecadores. Quantas vezes me gloriei por não agir como a maioria dos jovens. Por várias vezes me achei santo e por várias vezes julguei o próximo por erros cometidos.
Por TODAS as vezes que cometi esse erro, esqueci de olhar para as minhas indigências, por outras vezes deixei de perceber minhas misérias e limitações. Comparei as partes ruins das pessoas com as minhas qualidades (que injusto!). Até que um belo dia, ao sentir-me santo, me comparando com pessoas de certa visibilidade "gospel" que erraram publicamente de forma grave, Deus me questionou com uma única pergunta: "-ORA, O MODELO QUE VOCÊ SE COMPARA NÃO DEVERIA SER EU?" Naquele momento, meu riso se transformou em pranto. Me ocorreou algo que não havia pensado, como eu poderia me comparar com o pecador ao lado se a matriz é ELE? Confesso que ao me comparar com alguns desses irmãos eu até me sentia santo, mas ao me comparar com a verdadeira matriz eu me tornava tão pecador quanto aquele que julgava ser errante.
TODOS nós temos um espinho na carne, TODOS nós temos nossas misérias e limitações, TODOS nós somos pecadores, o que nos diferencia é apenas onde pecamos, e por fim, TODOS nós somos alvo do amor de Deus.
O desafio da santidade, para mim, foi entender que sou, e estou no mesmo patamar que meus irmãos no coração de Deus. Foi perceber que a santidade é um processo que me faz crescer e que ao crescer, Deus nos dará a oportunidade de ensinar o caminho à nossos irmãos. A tarefa é ter compaixão com o próximo, é ensiná-lo e não julgá-lo.
O desafio da santidade se resume em olharmos primeiro para os nossos erros antes de julgarmos o nosso próximo e após isso, aprender que somos tão falhos em busca da santidade quanto nosso par. Por fim, é entender que nessa árdua estrada de erros e acertos, estamos juntos, aprendendo de Deus a cada passo que temos a oportunidade de galgarmos.
