sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Minha oração...



     É ... chegou o tempo tão temido por mim.... era como o som de muitas águas que se aproximava, mas tentava com toda a minha força afastar-me sem saber que quanto mais eu corria, mais aproximava-me da fonte... algo em mim necessita, mas outra parte resiste fortemente. É como se houvesse em mim duas pessoas com amplos megafones gritando a todos os momentos, um dilema entre o que quero e o que preciso confundem minhas decisões.... sinto-me sozinho, mesmo tendo a mais absoluta certeza que não estou só... o  peso dos meus erros recaem sobre meus ombros por mais que eu saiba que Ele, Cristo,
levou sobre sí todas as minhas iniqüidades e que sobre a sua pisadura eu já fui sarado.
     Sem coragem, sem forças, sem palavras e sem jeito para orar, prefiro manter o silêncio em poucos momentos que sei que Ele proporciona para que eu lhe fale. Calo-me, diante das minha crises não porque eu não queira falar, mas simplesmente porque desaprendi.
     Sei que a restauração do que sou depende não somente de um acontecimento, uma decisão ou ações que me impulsionem ao verdadeiro quebrantamento, mas depende de um processo pelo qual sei que será necessário passar. Sabe a tormenta prevista? Sabe quando temos que tomar um remédio ruim, mas que cura? Sabe o deserto que Cristo entrou ciente que seria um local de provações e dores, mas necessário? Esse é o meu deserto, meu remédio, a minha via crucis, sei bem que devo enfrentá-la, mas falta-me coragem, sinto-me fraco, insuficiente em mim mesmo...
     Não sei até que ponto minhas orações são ouvidas, mas se clamo algo clamo a Deus para que Ele apenas perdoe o que eu fiz de mim, não as vistas das pessoas, porque nada saiu da normalidade de um jovem, mas perante a Ele....
     Grito inconscientemente aqui dentro, no coração... lembro-me de um texto bíblico onde Paulo diz que quando estamos fracos é que estamos fortes, não porque recebemos uma ajuda extra, mas porque Ele próprio vem a nosso favor em nossas debilidades.
     Titubeante, fraquejando, balbucio apenas por ajuda... creio! Ainda que eu nada veja, continuo crendo... Nada tenho a dizer, apenas peço que ouça o som do meu coração...
Tum..... Tum... Tum.... ele ainda bate!