É ... chegou o tempo tão temido
por mim.... era como o som de muitas águas que se aproximava, mas tentava com
toda a minha força afastar-me sem saber que quanto mais eu corria, mais
aproximava-me da fonte... algo em mim necessita, mas outra parte resiste
fortemente. É como se houvesse em mim duas pessoas com amplos megafones
gritando a todos os momentos, um dilema entre o que quero e o que preciso
confundem minhas decisões.... sinto-me sozinho, mesmo tendo a mais absoluta
certeza que não estou só... o peso dos
meus erros recaem sobre meus ombros por mais que eu saiba que Ele, Cristo,
levou sobre sí todas as minhas iniqüidades e que sobre a sua pisadura eu já fui sarado.
levou sobre sí todas as minhas iniqüidades e que sobre a sua pisadura eu já fui sarado.
Sem coragem, sem forças, sem
palavras e sem jeito para orar, prefiro manter o silêncio em poucos momentos
que sei que Ele proporciona para que eu lhe fale. Calo-me, diante das minha
crises não porque eu não queira falar, mas simplesmente porque desaprendi.
Sei que a restauração do que sou
depende não somente de um acontecimento, uma decisão ou ações que me
impulsionem ao verdadeiro quebrantamento, mas depende de um processo pelo qual
sei que será necessário passar. Sabe a tormenta prevista? Sabe quando temos que
tomar um remédio ruim, mas que cura? Sabe o deserto que Cristo entrou ciente
que seria um local de provações e dores, mas necessário? Esse é o meu deserto, meu
remédio, a minha via crucis, sei bem
que devo enfrentá-la, mas falta-me coragem, sinto-me fraco, insuficiente em mim
mesmo...
Não sei até que ponto minhas
orações são ouvidas, mas se clamo algo clamo a Deus para que Ele apenas perdoe
o que eu fiz de mim, não as vistas das pessoas, porque nada saiu da normalidade
de um jovem, mas perante a Ele....
Grito inconscientemente aqui
dentro, no coração... lembro-me de um texto bíblico onde Paulo diz que quando
estamos fracos é que estamos fortes, não porque recebemos uma ajuda extra, mas
porque Ele próprio vem a nosso favor em nossas debilidades.
Titubeante, fraquejando, balbucio
apenas por ajuda... creio! Ainda que eu nada veja, continuo crendo... Nada
tenho a dizer, apenas peço que ouça o som do meu coração...
Tum..... Tum... Tum.... ele ainda
bate!