sábado, 27 de agosto de 2011

Tudo é pela Graça de Deus


Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.(Efésios 2.8-9; NVI)

   Graça? Favor imerecido! Misericórdia? Não nos expurgar como merecíamos!
     Se Deus é bom, gracioso e misericordioso para conosco, logo posso pensar em pecados não punidos! Olhando simplesmente, com uma ótica jurídica e engessada sobre Deus frente aos seus filhos, teríamos liberdade de ação para errarmos e para cometermos os pecados mais diversos, olhando para Deus e dizer para Ele: "-lá lá lá lá.... você não pode fazer nada!!!". Pena que algumas pessoas tenham essa óptica!
     Deus é possuidor de uma graça infinita, graça que nos concede o direito de mesmo errantes eternos sermos chamados de filhos de Deus, entretanto, em um relacionamento de amor não há que se falar em manipulação... Deus não é um menino mimado que nos manipula tiranamente, mas sendo detentor da onisciência, onipresença e onipotência, teria todo o poder de fazer o que quisesse, mas não o faz, porque quem obriga o outro em um relacionamento tira do outro a possibilidade de escolha desse, inclusive de não amá-lo, e em um relacionamento de amor sincero o substancial deve ser a liberdade (amo porque quero, estou aqui porque quero!). Algo importante foi instituído, o “livre arbítrio”! Com ele, vem também a responsabilidade pelos nossos atos, algo chamado "lei da semeadura" (tudo o que plantarmos ali colheremos). Com direitos temos também responsabilidades com as nossas vidas e atos. Deus nunca disse que não perdoaria nossos pecados, entretanto Ele também nunca disse que esses pecados não teriam desdobramentos naturais (conseqüências)!
     A sua e a minha vida não é uma balança aos olhos de Deus, ou seja, Deus não fica pesando seus bons atos e seus maus atos pra decidir matematicamente se te ama ou não.... Ele te ama e pronto!!! Independente de quem você seja, independente de você conhecê-lo ou não, independente de você estar desviado ou não, independente de qualquer pecado, nada, absolutamente nada é capaz de te separar do amor de Deus por meio de Cristo Jesus (Rm 8). Talvez você esteja se questionando sobre a proximidade de Deus nessa fase da sua vida, onde sabe que não está tão bem, onde o pecado abunda, onde a sua busca é pouca, onde a fraqueza te domina, é nesse momento de fragilidade que ele está mais próximo... a oração de um fraco, no mundo espiritual, ecoa como se você estivesse com a boca em um microfone da “furacão 2000” para Deus, pois é Paulo quem diz:- “Quando estou fraco é que estou forte!”.
     Aqui baseamos a nossa crença em Graça. Nada é por seu merecimento, mas é tudo de graça, mesmo que você não mereça, e de fato nunca merecemos, Ele nos concede a graça de recomeçarmos de onde caímos, nos estende as mãos, recoloca a capa e o anel e nos chama de filhos.
      As vezes me deparo com alguns bordões do tipo “pare de sofrer” “igreja: local de vitória” “você é merecedor de todas as riquezas materiais, afinal seu pai é dono de todas elas””se está em pecado, logo estarás em tribulação”, clichês gospel’s de pouca efetividade humana, mentiras santificadas criadoras de frustrações no povo e tudo isso em nome de Deus! Enquanto vivermos teremos sofrimentos, sejam eles plantados ou não. Vivemos em comunidade e na maior parte do tempo Jesus fala sobre o Reino de Deus que já estava manifesto e não haveria que se dizer que ele estaria aqui ou ali, mas o reino é uma forma de vida em comunidade, não desprezando o caráter espiritual de um reino vindouro, mas o que nos importa agora é o que está aqui, pouco ajuda discutirmos sobre essas “teorias teológicas”, pouca efetividade e aplicabilidade humana teria e em momento algum essa foi a intenção de Cristo.
     Em salmos tem uma parte escrita assim: “-... pois ele sabe do que somos formados...” somos formados de pó! Ele conhece nossas debilidades, nossas fraquezas, conflitos internos, dúvidas e frustrações! E mesmo assim Ele foi capaz de entregar seu filho por mim... um rélis pecador reiterado. E o que me surpreende é que Ele está ali, a distância do seu braço para quando eu estendê-lo Ele poder segurar. A graça de receber a graça também é graça!
       A minha pergunta é: - como retribuir tamanho amor, como retribuir tão grande graça?
       A minha resposta é: - Senhor nada tenho de bom em mim que possa ser útil a Ti!
      A minha conclusão é: - Ainda assim Ele me ama, me capacita, me resgata, me ensina... ainda sim Ele é meu PAI!
     Findando, digo sem medo de errar: - Temos um Pai que é Deus e não um Deus que é Pai. A paternidade é atributo inicial dEle para comigo e não a divindade, por isso, talvez, seja o motivo da necessidade de nos relacionarmos em sinceridade e amor com Ele em um relacionamento não manipulador, mas livre em amor!


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