quarta-feira, 20 de março de 2013

Amo a vida!


     Amo a vida, amo os seus desdobramentos, amo os seres humanos, repetitivos, incoerentes, muitas vezes insanos. Amo acordar pela manhã com cheiro de café e pão quentinho... O cheiro das flores me extasiam, adoro dias de chuva, frio e com cheiro de terra molhada, tempo convidativo para ver um filme debaixo do edredom...
     O drama humano é apaixonante, cíclicos, redundantes e repetitivos em suas essências, mas ainda sim são únicos. Amo a vida principalmente porque o previsível não bate a porta.
    Encanto-me facilmente com o abrir dos lírios, com o beijo selado, com o abraço apertado e com um amor amado. Derreto-me com a escolha pela fidelidade, pela opção do amar... Admiro os que abrem mão do “eu posso” em virtude do “eu não devo”... a vida bate à porta, as oportunidades seguem a vista... erros e defeitos caminham perenemente lado a lado, divididos por uma linha tênue chamada resignação.
     Diariamente somos postos a prova, diante de Deus e diante dos homens, esforçamo-nos para seguir certos, caímos, invadimos a delimitação divisória do erro e acerto, ferimos pessoas, somos feridos. Diante do espelho atacamos o ofensor refletido nele, pedimos socorro a Deus para nos livrar de nós mesmos e com o tempo vamos percebendo que o inimigo não mora ao lado, nem dentro, mas somos nós mesmos o nosso maior opressor. Nos enganamos com relação a nossa bondade intocável, merecedores de misérias, recebemos de Deus o sentimento maior: o amor! Recebemos de Deus o maior sacrifício: Seu filho!
       Vivemos não mais com a incerteza de uma destruição futura, mas com a certeza de que somos amados sem que precisemos provar qualquer coisa... amor que acalma, que nos faz pensar, que nos arrebata ao belo, ao amável, ao justo, honesto e santo. Amor que nos furta de nós mesmos e de nossas falhas adâmicas...
       Por tudo isso, deixo as coisas que para traz ficam e posso voltar a pensar nos lírios, no pão quentinho e no cheiro de terra molhada. Ele me deu o direito de apreciá-las e digo mais, Ele aprecia junto comigo... Só pela sua maravilhosa graça, graça que nos ampara e, ainda que errantes, nos dá o direito de compartilhar um fim de tarde frente ao pôr do sol, sentindo Suas mãos nas minhas e um sussurrar brando nos ouvidos me encorajando a vida, sorrindo meu sorriso, dançando a minha dança e no fim, sentando com ar de cansaço  e bradando a expressão a riso aberto: Ufa... cansei, mas vamos de novo!
Amo a vida, Ele me faz viver!

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