
Imagino eu que ainda hoje, Ele, Deus, esteja de pé, ansioso, esperando a volta de cada um dos seus filhos perdidos, ansioso para o regresso ao leito paternal. Prefiro pensar em um Deus que além de justiça seja amor, um pai que sabe exatamente que o mundo já ensinou e machucou suficientemente seu filho para que Ele precise deixar de abraçá-lo para chamar-lhe a atenção, creio em um Deus que não é conivente com o nosso erro, mas que entende nossa realidade humana e sabe do que somos formados, como descrito em salmos ( “Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó” Salmos 103.14)
Punição? Mais do que estar afastado de
Deus? Mesmo sendo uma opção, não imagino que o filho estivesse tão feliz longe
de seu pai... mesmo tendo sido ele quem escolheu afastar-se... punição? Não
percebi o pai o colocando de castigo ou o repreendendo, mas percebi o pai
repreendendo o irmão que questionou toda aquela animação do pai para com a
volta do filho perdido. Talvez, Deus por não ser humano, não tenha os caprichos
dos super intocáveis humanos que pregam que Deus irá repreender e castigar o
filho afastado... Talvez Deus saiba que foi tão ruim a passagem de seu filho
pelo mundo sem Sua presença que não vislumbrou a real necessidade de punição,
mesmo ele, o filho, tendo defasado metade dos Seus bens, a única coisa que o
esperou foram Seus braços abertos. Arrependimento eficaz trás a mente o senso do
erro frente a vontade de Deus.
Desculpem-me se não creio em um Deus mau, punidor,
egocentrista e autoritário.... Creio no meu Pai que me espera, ainda de braços
abertos, sendo sabedor de que quem O conheceu não conseguirá viver sem sua
presença. Creio no pai que é Deus e não no Deus que e pai... Creio na
supremacia do amor divino acima do senso de justiça humano. Creio em João 3:16.
Que as alfarrobas que estão a minha mesa jamais me
impeçam de retornar meus pensamentos a Ti.
Já, já estarei em casa pai...
https://www.youtube.com/watch?v=iS6GXPbhCwU
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