sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Sobre suspiros e o Espírito Santo

     Era dia 24 de dezembro, mais precisamente na tarde desse dia. Família reunida, pela primeira vez, seria o nosso primeiro natal em família, que aliás, pretendo nunca deixar essa data passar sem comemoração, não pelo papai Noel, ele é até legal, mas pelo o que ela representa. Mas voltando, era dia 24, a tarde...
     Minha mãe iria fazer um doce para a ceia, o famoso Martha Rocha, e estávamos ansiosos com a preparação. Após a montagem do doce, sobrou bastante suspiro não assado. Tinha então três hipóteses: 1 – deixava aquilo na pia e minha esposa iria comer aquilo cru (clara de ovo batida com açúcar...tipo, muito açúcar!!!! 2 – jogava fora....odeio jogar comida fora! 3 – poderia fazer suspiros... hummmmm, suspiros!!!! Suspirei ao lembrar..rs
     Natal pode! Muito açúcar, mas pode! Então pegamos um tabuleiro e untamos para que não ficasse grudado, colocamos os pontinhos de suspiro e levamos ao forno. Eu, cozinheiro nato (só que não) coloquei o tabuleiro diretamente na chapa do forno! (mas que buuuurro!!) Quando minha tia viu, ela disse que iria queimar!!!!! (nãoooooooo!!!) O suspiro deveria estar na prateleira (é assim que se fala?). Abrimos o forno, como em uma operação tarefa, colocamos a luva anti-térmica, retiramos o tabuleiro, colocamos a prateleira e pusemos o suspiro na prateleira.... foi quando eu vi algo desagradável..... o suspiro havia murchado... (L)
MURCHADOOOO!!!!! NÃOOOOOO!!!!
O ar frio havia transformado o suspiro em mero espirro de claras!
     Confesso que fiquei frustrado! Mas minha tia disse que era pra colocar no forno que ele iria voltar a posição inicial e ficaria bom! Cri! Fiz! E saboreei um suspiro genuinamente caseiro! Minha insulina, nesse dia, "agradeceu" por ser tão usada! (haha)
     Sai da cozinha e, por um curto momento, lembrei da forma como Deus falava comigo quando novo convertido... De fato Ele nunca apareceu em uma nuvem, de branco, ou muito menos descendo por uma tirolesa dentro da igreja (rsrs vergonha), mas Ele sempre falou no silêncio natural dos acontecimentos cotidianos.
   Sim! Se Ele mora dentro, a voz tem, necessariamente, que ser interna, mas precisamos acalmar as vozes altas do nosso ser! Nesse dia, ouvi internamente:”-Você é o suspiro e o espírito Santo é o forno! Cada vez que você se afasta da fonte de calor, você murcha, mas basta que se submeta ao Espírito Santo que volta a forma inicial."
    Pude remeter meus pensamentos a uma breve retrospectiva da minha vida e me lembro que houveram váaaaaarios momentos em que murchei, mas houveram váaaaarios momentos em que fui recuperado e fui posto ao forno novamente! 
      Me lembro de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, quando submetidos a fornalha e  ali estava com Eles estava o 4° homem. Parece que Deus gosta desse negócio de fogo, forno e fornalha!
      Então, quem é o Espírito Santo? Não tenho respostas mais complexas, mas sei que Ele é Aquele que sopra quando a brasa está esfriando e volta a acender! 
      É aquele que estende a mão, em alto-mar, quando a canoa virou!
      É aquele que entrega o cobertor em noite fria!

      É a mão que faz o curativo no ralado de uma criança que chora em desespero!
      É o ombro disponível à sua cabeça, ao chorar, o ouvido que ouve teus desabafos e os braços que te afagam!
      Ahhhhh..... Ele é o forno que mantém o suspiro como deveria estar!
     Termino lançando mão das escrituras, em Tiago 4.8a : “Chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós!”

     Eu não sei o que te afasta do forno, nem porque Ele permite que nos afastemos, talvez pelo livre arbítrio, mas de uma coisa eu sei: Como ninguém, Ele sabe aproveitar situações que nos esfriam para nos mostrar o quão bom é estar quente e perto!

Vai um suspiro? É muito doce, mas me lembra o quão importante é manter-se aquecido!

     

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A TAL DA GRAÇA...

     
     Em uma cultura capitalista, de bens, trocas, valores quantitativos, aprendemos desde a infância a valorizar aquilo que se possui e não aquilo que se é. Criamos estereótipos para seguirmos segundo os valores da nossa cultura. Seria impossível mensurarmos o olhar genuíno de Deus sobre nossa realidade pecaminosa. Julgamos o próximo conforme a nossa cosmovisão de mundo, segundo os dogmas implantados em nós quando ainda crianças. Fomos criados de forma defeituosa e acabamos por atribuir a Deus as características humanas e moldamos Ele a nossa semelhança, não o contrário. Enlatamos a imensidão da simplicidade que se resume em amor. Encaixotamos o eterno definido em graça e o tratamos como se Ele fosse nosso agente de favores e não como se nós fossemos SEUS, pelo fato de Ele ter nos comprado a um alto preço, e preço de sangue.

     Temos uma imensa dificuldade em aceitar a “graça gratuita” vinda dEle em nossa direção, pelo fato de que acreditamos que nada é de graça verdadeiramente e daí barganhamos com Ele sacrifícios em troca de perdão, como se Ele já não tivesse nos perdoado. (imagino Deus rindo... em amor)

     Nas escrituras entendemos que desde a fundação do mundo Ele já sonhava conosco e nos concebeu em amor, sendo Ele onisciente, onipresente e atemporal, poderia visitar o passado e futuro a qualquer momento, logo, não há o que façamos que seja capaz de decepciona-lo, tendo-se em vista a definição de decepção. Ora, se Ele, no passado, já visitou e projetou nossas gerações futuras, como poderia eu supor que faria algo que Ele não soubesse??? O incrível é saber que mesmo Ele já sabendo de tudo, isso mesmo, Ele já sabia de TUDO...TU-DO! Antes de decidir entregar seu filho amado a cruz em favor de nós, com todas as nossas falhas e debilidades constantes, Ele escolheu dar o sangue do seu unigênito mesmo sabendo que eu cometeria meus pecados e depois tentaria domesticá-los, tornando-os menos culposos, mas não menos danosos. Com toda a paciência, Ele permite que tenhamos oportunidades de entender o que é bom, perfeito e agradável, de forma que venhamos ter pleno conhecimento de sua vontade para nossas vidas.

     A graça imerecida me alcança, te alcança, nos alcança a qualquer tempo, momento e local. Ela nos mostra que não existem condições para que Ele nos ame e que Ele nos ama como somos: sem exigências, sem alardes, sem requisitos.
Brother... eu não entendo... talvez eu nunca entenda, mas decidi aceitar!

     Não há o que façamos para nos separarmos do amor pleno, perfeito e sem interesses que emana de Sua parte. Querendo você ou não, és alvo do pleno amor criador e originário! E se vc quiser saber mais, Ele está a uma oração de distância.

     Não sei maiores detalhes sobre a Graça Imerecida, não tenho as respostas que te afligem e nem as que me afligem, mas uma coisa eu tenho e estou aprendendo a fazer uso: JOELHOS!


por Maicon Assed

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

SINAL AMARELO - TEMPO DE SE REPENSAR!

“...e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará....”(Mateus 24.12)

     Há tempos um sinal de alerta se acendeu em minha vida. Como no nosso trânsito, o sinal de alerta representado pela cor laranja, que significaria ATENÇÃO, desaceleramento. Traduzindo para a nossa realidade, significa “CORRA QUE AINDA DÁ TEMPO”, de igual forma interpretei esse sinal de alerta como interpretamos o trânsito caótico que nos cerca e apliquei na minha vida.
     Acelerei no sinal de ALERTA, quando deveria ter iniciado o processo de frenagem. Como no trânsito, a analogia se repete na vida. Repetidas vezes aceleramos quando deveríamos estar parados,  apenas assistindo o malabarista a nossa frente, comprando uma água, acalmando nossas ansiedades, repensando nossas frustrações. Creio que esses segundos preciosos que transcorrem com a iluminação vermelha servem para isso. Assim, a vida imita o trânsito. Deus nos ensina isso quando Ele mesmo descansou no sábado, não porque estava cansado, mas porque quis nos ensinar que ao longo de nossa estrada precisamos nos repensar.
     Há tempos.... há tempos deixei de repensar-me. Deixei-me levar pela normalidade ideológica que me cerca. Contra meus próprios princípios aceitei verdades mentirosas, iludi-me propositalmente com  a "normalidade" que me envolve e devo admitir, vi prazer nela.
     Ao me deparar com cenas dramáticas como essas (acima) expostas, que por sinal é a realidade do mundo, entretanto insistimos em fechar nossos olhos, passei a aceitá-la como normal. E pior, passei a apoiá-las unilateralmente. Movimentei a engrenagem perversa do sistema.
     Não quero entrar no mérito da discussão no âmbito político, ou mesmo da segurança pública, mas quero ater-me ao âmbito humano. Não posso fechar meus olhos, calar-me, omitir-me sobre esse ponto de vista uma vez que também enquadro-me na condição humana. Praticar minimamente o sistema de empatia faz-me perceber o quão miserável sou por aplaudir certas coisas, e mais, repito, sentir prazer nelas.
     Questionei-me:-“Onde foi que me perdi? Quando ultrapassei o sinal amarelo? Onde foi que permiti-me seduzir por essas lógicas perversas?”
     No momento em que pensei isso, uma voz branda e suave sussurra aos meus ouvidos:”-no momento em que se afastou de mim”.
     Percebi que o fenômeno que sucedera-se recaído em mim era a chamada apostasia. Reconheci em mim a lógica do mundo, as imposições comuns e normais da falta de amor e falta de crítica à falta de amor. A aceitação de lógicas tenebrosas só serão rebatidas sob as bases do amor. Amar não é aceitar tudo. Percebi que longe dessa base, sou apenas mais um infrator furando o sinal vermelho, sou só mais um crendo que temos um lado, mais um a guerrear a guerra do mundo e a defender ideais seculares que jamais dariam certo ou jamais teriam um resultado positivo.
     Nunca se matou tanto, e nunca houve tanta criminalidade como agora. A lógica sistêmica da morte só gera morte. O saciamento oferecido pelo sangue se esvai quando lembro que todo o sangue necessário já foi derramado há 2000 anos atrás em um certo morro. A perniciosidade humana, como ha 2000 anos atrás ainda permanece imperando. Os que gritam:”-Matem, matem, matem!” permanecem ecoando seus gritos e chorando seus mortos.
     Onde foi que deixei de me aterrorizar com essas atitudes e escolhi um lado? Onde abandonei-me? Talvez eu não consiga responder essa auto-pergunta, mas certamente estarei preocupado em encontrar o próximo recuo na estrada, não para descansar, mas para esperar carona e embarcar na condução cuja direção seja de responsabilidade d’Aquele que sabe bem onde devemos parar e nos repensar! O lado bom é que sei que essa condução não tem hora para parar, sempre passa, basta alçar as mãos e acenar! (Porque Ele bate a porta).


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Um Herege fora da caixa


        Engraçado como eu vejo algumas definições sobre Deus... Já vi de todas as formas. Tive esse desprazer... Já vi líderes tentando formatar Deus a sua conveniência, e o pior, utilizando astutamente os textos sagrados com essa finalidade. Já vi pessoas comuns com a falsa ilusão de que Deus o protegia e que nada de ruim lhe acometeria, caso contrário, estaria em pecado. Já vi Aspirantes a líderes almejando fortemente por Poder sob a ótica de que Deus tem como uma das definições de seu nome “O TODO PODEROSO”. Já vi tanta coisa ridícula, insana e acima de tudo, irresponsável!!!!!
       Crer em uma “religião” que tira meus pés do chão, que me afasta do drama humano, que me furta de problemas cotidianos e que me abstém ficticiamente de percalços da vida, é o mesmo que crer que posso comer biscoito polvilho a todo o tempo e apesar da sensação de saciedade, acreditar que e estaria de fato alimentado.
       Questiono-me veementemente sobre a necessidade da ATUAL IGREJA, tendo-se em vista as atrocidades cometidas pela ampla maioria daqueles que se nomeiam embaixadores de cristo, mas na verdade são serventes de Satanás.
       Não entendo como, em alguns lugares, é mais válido um membro rico do que um que precisa de ajuda para sobreviver. Exponho que realmente SOU LIMITADO! Não alcanço a maldade dominante em meio a religiosidade. Essa dinâmica de poder e necessidade me assusta demasiadamente!
       Em meio a tantas descrenças e falta de seriedade, abstenho-me, forço meu desvio, descreio propositalmente, não do Cristo que nos criou, mas do Cristo que nós criamos. Abro mão..... Verdadeiramente SOU UM HEREGE!
       Deus não é uma fórmula matemática que temos a possibilidade de desvendá-lo, ainda que altamente complexo. Não! Deus não é um serviçal a minha disposição, sou eu quem devo regular minha conduta a Sua vontade e não Ele que deve moldar o mundo ao meu egoísmo.
       Retiro Deus dessa pequena caixa e proponho que abramos nossas mentes para repensá-Lo!        Surpreenda-se... Ele irá se tornar algo muito além do que pode imaginar!
       Tão grande, eterno e tão poderoso, mas ao mesmo tempo, tão pequeno, frágil em amor e bondoso, que cabe inteiro dentro do meu coração... não entendo como ainda podem querer colocar Deus em uma caixa...
     Declaradamente sou um herege!!!

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Realmente deveríamos voltar as bases?

“Aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e SIGA-ME”

       Muito ouvi sobre voltar as bases do cristianismo, ao evangelho genuíno, voltar nossos pensamentos para séculos atrás, onde considerava-se a existência de fiéis pregadores da palavra de Deus. Muito se discute a respeito do tema em tela, questionando apenas sobre a necessidade de voltar, mas nunca se realmente é preciso voltar!
       É engraçado como estamos dispostos a agarrar um modelo que deu certo, entretanto, esquecemos que cada modelo é único, que só deu certo ali e naquele momento, com aquela pessoa.. As verdadeiras mudanças vieram de homens que imbuídos de uma causa nobre, deram-se a si mesmos em prol da mesma. Reprises de um passado pouca efetividade teria em nossas vidas. Não obstante, por analogia, deveríamos tomar esse mesmo exemplo e aplicá-lo na espiritualidade, onde cismamos em bater com o punho na ponta da faca e repetimos como papagaios de pirata a frase:”voltemos a base.... voltemos a base”... Mas.... vamos pensar? Cristo pensou em voltar as bases da religião verdadeira da época, implantando modelos de Abraão, Isac ou Jacó? NÃOOOOOOO.... Ele pensou e fez o que tinha que fazer!!!!! Ele fez tudo diferente do previsto e esperado por TODOS e foi sozinho contra toda a nação... calma aí gente... eu disse um único homem contra TO-DA uma nação!!!!!!!! E o que Ele tinha era tão verdadeiro que modificou o curso da história! Quer mais exemplos??? Vamos para os fundadores do protestantismo, Calvino... Se ele tivesse voltado as bases, não haveriam os protestantes, somente os católicos... ele foi contra TODA a massa e mudou novamente o curso da história... isso sem falar em Martin Luther King, Spurgeon, etc...
       A vida não para! Não devemos perder tempo olhando para o passado e querendo voltar, mas olhar para frente e dizer... agora é comigo! Assumir a responsabilidade de gerir um rebanho com a atual cultura e implementar o cristianismo em uma estrutura totalmente diferente da qual foi criada a 2000 anos atrás.
       Quando Cristo nos chama, Ele quer que olhemos adiante. Não existe cristianismO! Existem cristianismoS! Estamos muito afastados do genuíno evangelho, e me atrevo em dizer que jamais alcançaremos o mesmo devido ao enorme lapso temporal que nos afasta. O que podemos fazer é tentar remontar o mais próximo possível da real proposta e aplicá-lo frente a nossa atualidade. Como uma colcha de retalhos. Essa proposta de vida nova, de efetividade imediata e real, tem ainda sim um grande espaço, desde que seja proposta com uma real intenção de mudança de caráter e não com a intenção de tirar o ser humano da terra o transformando em um alienígena, alheio ao humano. tão pouco devemos aceitar a propositura do evangelho apenas como uma filosofia de vida. Que haja a mediação entre todas as lições, mas principalmente caráter em oferecer essa proposta.
       Voltar as bases deveria ser substituído por criar novas bases em Cristo.... Não percebemos, mas ela, a base, e ele, o tempo, já se esvaiu... Oremos!!!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Ele se importa

     Cada vez que penso que O conheço Ele me mostra que os Seus pensamentos são bem mais altos que os meus. Minha vã filosofia tece em mim algumas boas qualidades racionais, mas confesso que calculo demais a fé, ora, se a fé e a certeza das coisas que não vejo e a convicção de fatos que não existem, impossível torna-se calculá-la.
     Por vezes a vida, através de nossas escolhas, nos impõe condições nas quais são pouco confortáveis. Exigimos de Deus a resposta sobre questionamentos dos quais tiramos dEle o poder de decisão. Lançamos sobre Ele a responsabilidade de atos que nós mesmos optamos por praticar. Erramos reiteradas vezes e não entendo como ainda sim Ele sorri de forma estonteante, como se estivesse nos dizendo: "filho, já que você tentou sozinho e fez essa besteira toda, agora vou te mostrar que Eu posso resolver". Sabe o que e mais extraordinário? Que usamos toda nossa capacidade intelectual durante anos, pensando em como resolver um pseudo grande problema e não conseguimos, mas um simples toque dEle tudo torna-se claro. Ele muda de maneira extremamente simples todo o rumo de uma vida, sem absolutamente nenhuma complexidade. Isso me extasia!
     Penso no livre arbítrio, mas em contrapartida, a antítese descrita no Sm 139:16,  me deixa estonteado. Tentei resolver o questionamento sobre a existência ou não do DESTINO... Penso na eleição e na predestinação, em Arminio e Calvino, nas institutas de Calvino, na fé que pensa que construí ao longo de anos e sinceramente não sei a resposta. Sei apenas que Ele se importa e como diz alguém muito especial, Ele faz questão dos mínimos detalhes, conhece e cuida de cada fio de cabelo, da unha do dedinho mindinho.... Sei bem que isso é contra qualquer teoria Calvinista da qual sou adepto, mas é impossível negar a existência de muitos pontos relacionais de um Deus presente.... não sei explicar...
     Decidi, como Davi, que Seus pensamentos são bemmmmm mais altos que os meus e nEles posso descansar. Não sei explicar como, nem de que lado eu estou, mas a cada dia e a cada mínima experiência que tenho com Ele, percebo ainda mais a existência de um Deus relacional, que age em silêncio, através da pedagogia imposta pelas nossas escolhas... Penso que temos a opção de escolha, mas que TODAS as decisões que possamos ter nos levará a algum lugar que, querendo ou não, teremos que aprender, teremos que aportar nosso barco que navega sobre o rio da vida, dar um time para comer um pão de queijo e tomar um café quente, e aprender o que Ele quer nos ensinar, seja através da dor ou do amor... mas a única coisa que sei é que realmente, por mais que tudo diga ao contrário, Ele se importa! Em amor, Ele continua a nos guiar... Creia, ainda que TUDO diga ao contrário!

https://www.youtube.com/watch?v=wF1RZ6glJ4I

sábado, 3 de agosto de 2013

O Regresso


     Imagino a passagem do filho pródigo de forma literal, um pai aflito pela ausência do seu filho. Cristo é cuidadoso em descrever que "o pai" "espera", ainda que ansioso, a volta de seu filho. "O pai" sabe exatamente que seu filho estava perdido, imagino eu, que "o pai" pensou em tudo o que aquele filho havia feito de errado, entretanto o que Ele via não eram os erros estampados na face de seu filho amado, mas tão somente a iniciativa de retornar que ele, o filho, teve.
     Imagino eu que ainda hoje, Ele, Deus, esteja de pé, ansioso, esperando a volta de cada um dos seus filhos perdidos, ansioso para o regresso ao leito paternal. Prefiro pensar em um Deus que além de justiça seja amor, um pai que sabe exatamente que o mundo já ensinou e machucou suficientemente seu filho para que Ele precise deixar de abraçá-lo para chamar-lhe a atenção, creio em um Deus que não é conivente com o nosso erro, mas que entende nossa realidade humana e sabe do que somos formados, como descrito em salmos ( “Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó” Salmos 103.14)
     Punição? Mais do que estar afastado de Deus? Mesmo sendo uma opção, não imagino que o filho estivesse tão feliz longe de seu pai... mesmo tendo sido ele quem escolheu afastar-se... punição? Não percebi o pai o colocando de castigo ou o repreendendo, mas percebi o pai repreendendo o irmão que questionou toda aquela animação do pai para com a volta do filho perdido. Talvez, Deus por não ser humano, não tenha os caprichos dos super intocáveis humanos que pregam que Deus irá repreender e castigar o filho afastado... Talvez Deus saiba que foi tão ruim a passagem de seu filho pelo mundo sem Sua presença que não vislumbrou a real necessidade de punição, mesmo ele, o filho, tendo defasado metade dos Seus bens, a única coisa que o esperou foram Seus braços abertos. Arrependimento eficaz trás a mente o senso do erro frente a vontade de Deus.
     Desculpem-me se não creio em um Deus mau, punidor, egocentrista e autoritário.... Creio no meu Pai que me espera, ainda de braços abertos, sendo sabedor de que quem O conheceu não conseguirá viver sem sua presença. Creio no pai que é Deus e não no Deus que e pai... Creio na supremacia do amor divino acima do senso de justiça humano. Creio em João 3:16.
     Que as alfarrobas que estão a minha mesa jamais me impeçam de retornar meus pensamentos a Ti.     
     Já, já estarei em casa pai...

https://www.youtube.com/watch?v=iS6GXPbhCwU

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Em tempos nublados... (tragédia de Santa Maria)


     Muito tem se falado na última tragédia que acometeu nosso país. Diversas opiniões de pessoas comuns, parentes fortemente abalados, autoridades, jornalistas e especialistas no assunto  divagam exacerbadamente sobre o vasto assunto sem ao menos conseguirem chegar a um senso comum, parecem querer sempre culpar alguém, como se isso fosse trazer a vida dos seus ente-queridos novamente, ou como se fosse ter um sentimento de justiça caso os pseudos responsáveis fossem punidos. Falam como se tivesse havido algo que nunca viram no Brasil, acusam como se a irregularidade não fosse normal no nosso país. Mas o que mais me incomoda são os comentários de pseudos cristãos, onde já tive o desprazer de visualizar coisas do  tipo “se estivessem na Igreja, não teriam morrido”... insanidade, irresponsabilidade e total falta de comprometimento com a fé que professa, já que temos vários exemplos de acidentes com vítimas fatais em igrejas, temos inúmeros exemplos de homens de Deus que se foram por acidentes, o que dizer? Ahhhhh sim, esse tipo de gente certamente irá dizer que eles estavam em pecado, claro, claro, esse tipo de falácia deveria brotar desse tipo de gente medíocre e sem o mínimo conhecimento da fé que diz cultuar...
     Pessoas comuns devem pensar em qual a razão disso tudo, será que servimos a um Deus tirano que permitiu esse tipo de desastre? Será que Deus é um sádico que permitiu a chacina de Realengo ou as diversas chacinas que tiveram nos EUA? E o que falar dos desastres naturais? Será que Deus não se comove com o sofrimento alheio?
     Exigimos nossa liberdade, Deus nos dá o livre arbítrio. Uma relação de amor não pode haver obrigação, se houvesse qualquer tipo de manipulação jamais o amaríamos livremente e tudo que Ele sempre quis desde a criação era ser amado pela criatura, dessa forma, nos transformando por adoção seus filhos. Ele só deu o que exigimos, nossa falsa liberdade, e por esse simples motivo colhemos o que plantamos, não só de forma individual, mas coletiva. Estamos a mercê de nossas escolhas e da escolha de outros de nossa espécie...
     Pergunto de forma diferente.... queremos só o bem de suas mãos? Nos afastamos de nosso protetor e criador e ainda queremos que Ele não deixe que nenhum tipo de mal nos acometa? Quando falo que “escolhemos”, me refiro ao nosso patriarca ADÃO quando escolheu comer a “maçã”.
     Divagações que nos ocorrem inúmeras vezes em nossas mentes limitadas, entretanto, não creio nesse Deus, sei bem que Ele tem ciência de tudo que irá acontecer, pois é onisciente, não quero ser um apologeta, não quero defender quem não precisa de defesa. Creio apenas no amor de um Deus que mesmo em um tempo de angústia permanece ao nosso lado, creio em um Deus que estende as mãos para nos salvar, e principalmente para nos confortar em momentos difíceis. Não creio no sadismo de Deus, mas creio que através de Cristo, Deus se fez homem para se tornar um par conosco em nossas misérias, para estar conosco até a consumação dos séculos. Creio em um Deus absoluto, justo, jamais perverso e transbordante de compaixão por seus amados perdidos que ainda sofrem...
     Que encontremos conforto em seu amor e que possamos encontrá-lo nos momentos de dor profunda que a vida nos reserva...
     Que Ele esteja presente na vida de cada familiar das vítimas de Santa Maria, ainda que alguns não saibam como procurá-lo, que Ele se faça presente ainda sim...
     


quarta-feira, 20 de março de 2013

Amo a vida!


     Amo a vida, amo os seus desdobramentos, amo os seres humanos, repetitivos, incoerentes, muitas vezes insanos. Amo acordar pela manhã com cheiro de café e pão quentinho... O cheiro das flores me extasiam, adoro dias de chuva, frio e com cheiro de terra molhada, tempo convidativo para ver um filme debaixo do edredom...
     O drama humano é apaixonante, cíclicos, redundantes e repetitivos em suas essências, mas ainda sim são únicos. Amo a vida principalmente porque o previsível não bate a porta.
    Encanto-me facilmente com o abrir dos lírios, com o beijo selado, com o abraço apertado e com um amor amado. Derreto-me com a escolha pela fidelidade, pela opção do amar... Admiro os que abrem mão do “eu posso” em virtude do “eu não devo”... a vida bate à porta, as oportunidades seguem a vista... erros e defeitos caminham perenemente lado a lado, divididos por uma linha tênue chamada resignação.
     Diariamente somos postos a prova, diante de Deus e diante dos homens, esforçamo-nos para seguir certos, caímos, invadimos a delimitação divisória do erro e acerto, ferimos pessoas, somos feridos. Diante do espelho atacamos o ofensor refletido nele, pedimos socorro a Deus para nos livrar de nós mesmos e com o tempo vamos percebendo que o inimigo não mora ao lado, nem dentro, mas somos nós mesmos o nosso maior opressor. Nos enganamos com relação a nossa bondade intocável, merecedores de misérias, recebemos de Deus o sentimento maior: o amor! Recebemos de Deus o maior sacrifício: Seu filho!
       Vivemos não mais com a incerteza de uma destruição futura, mas com a certeza de que somos amados sem que precisemos provar qualquer coisa... amor que acalma, que nos faz pensar, que nos arrebata ao belo, ao amável, ao justo, honesto e santo. Amor que nos furta de nós mesmos e de nossas falhas adâmicas...
       Por tudo isso, deixo as coisas que para traz ficam e posso voltar a pensar nos lírios, no pão quentinho e no cheiro de terra molhada. Ele me deu o direito de apreciá-las e digo mais, Ele aprecia junto comigo... Só pela sua maravilhosa graça, graça que nos ampara e, ainda que errantes, nos dá o direito de compartilhar um fim de tarde frente ao pôr do sol, sentindo Suas mãos nas minhas e um sussurrar brando nos ouvidos me encorajando a vida, sorrindo meu sorriso, dançando a minha dança e no fim, sentando com ar de cansaço  e bradando a expressão a riso aberto: Ufa... cansei, mas vamos de novo!
Amo a vida, Ele me faz viver!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Minha oração...



     É ... chegou o tempo tão temido por mim.... era como o som de muitas águas que se aproximava, mas tentava com toda a minha força afastar-me sem saber que quanto mais eu corria, mais aproximava-me da fonte... algo em mim necessita, mas outra parte resiste fortemente. É como se houvesse em mim duas pessoas com amplos megafones gritando a todos os momentos, um dilema entre o que quero e o que preciso confundem minhas decisões.... sinto-me sozinho, mesmo tendo a mais absoluta certeza que não estou só... o  peso dos meus erros recaem sobre meus ombros por mais que eu saiba que Ele, Cristo,
levou sobre sí todas as minhas iniqüidades e que sobre a sua pisadura eu já fui sarado.
     Sem coragem, sem forças, sem palavras e sem jeito para orar, prefiro manter o silêncio em poucos momentos que sei que Ele proporciona para que eu lhe fale. Calo-me, diante das minha crises não porque eu não queira falar, mas simplesmente porque desaprendi.
     Sei que a restauração do que sou depende não somente de um acontecimento, uma decisão ou ações que me impulsionem ao verdadeiro quebrantamento, mas depende de um processo pelo qual sei que será necessário passar. Sabe a tormenta prevista? Sabe quando temos que tomar um remédio ruim, mas que cura? Sabe o deserto que Cristo entrou ciente que seria um local de provações e dores, mas necessário? Esse é o meu deserto, meu remédio, a minha via crucis, sei bem que devo enfrentá-la, mas falta-me coragem, sinto-me fraco, insuficiente em mim mesmo...
     Não sei até que ponto minhas orações são ouvidas, mas se clamo algo clamo a Deus para que Ele apenas perdoe o que eu fiz de mim, não as vistas das pessoas, porque nada saiu da normalidade de um jovem, mas perante a Ele....
     Grito inconscientemente aqui dentro, no coração... lembro-me de um texto bíblico onde Paulo diz que quando estamos fracos é que estamos fortes, não porque recebemos uma ajuda extra, mas porque Ele próprio vem a nosso favor em nossas debilidades.
     Titubeante, fraquejando, balbucio apenas por ajuda... creio! Ainda que eu nada veja, continuo crendo... Nada tenho a dizer, apenas peço que ouça o som do meu coração...
Tum..... Tum... Tum.... ele ainda bate!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Receita


     Hoje especificamente não tive um bom dia por questões físicas. As patologias apresentadas vão desde dor no peito e rins até pressão alta. Mais cedo recebi uma boa notícia na faculdade, fui aprovado com méritos em uma matéria cujo a dedicação nos estudos foram totais durante o semestre, entretanto a inquietação que sentia me acendeu um alerta, dores no peito e na lombar me fizeram, logo após a comemoração pela aprovação, apresentar-me ao hospital.
     Nesse tempo de reflexão, entre uma medicação e outra, dei vazão a pensamentos que me consomem há algum tempo. Todos eles balanceiam minha vida em geral, tanto a física e humana, quanto a espiritual e aparentemente abstrata e subjetiva. Reafirmei  para mim mesmo que aparentemente sou um jovem do tipo que muitos gostariam de ser, falo de alguns atributos de aparência, algumas posses e estabilidade profissional, isso aos 27 anos.
       Mas algo me angustia diariamente e me faz ter DR’s comigo mesmo: meu afastamento do meu criador.
     O conheci cerca de 7 anos atrás, vivenciei experiências maravilhosas, ajudei pessoas, estudei, lapidei meu caráter, tentei fazer o meu máximo para a agradar o coração de quem me oferecia gratuitamente a salvação. Sob o meu olhar e julgo humano eu consegui! Sob a óptica espiritual, sei bem que estava muito aquém da perfeição, mas prosseguia firmemente em direção ao alvo!!! Até que tive alguns problemas com a instituição. Pesou-me fortemente as atitudes alheias, faltou-me intensamente um afago amigo constante... questionei-me:-“Cadê os irmãos?” e olha que não eram poucos. Eu que nem estava em “pecado”, afastei-me, deprimi-me. Fiz de Deus alguém humano, como se Ele compactuasse com tudo que ocorreu. Decidi afastar-me, provar para mim mesmo que EU era capaz de viver sem “Ele”. Provei! Minha vida de lá para cá teve muitas evoluções materiais. Experimentei prazeres intensos que jamais teria provado. Vivi, sonhei, me relacionei. Em todas as atitudes, como a do filho pródigo com a intenção de se afastar da casa do seu Pai, eu fui feliz. Não sofri represálias divinas, nem tão pouco de Satanás, afinal, ele, Satanás se alegra em me ver ao seu lado e fazendo exatamente o que EU e minha carne queremos fazer. Não cri no Deus que nos condena, conhecia seu coração e provei do seu silêncio.
       Durante muitas vezes me deparei com a morte e bem sei que de alguma forma, Ele, quem eu abandonei, me guardou. Chorava a cada livramento real, pedia que Ele não me protegesse, afinal, queria ser como qualquer outra pessoa, não consegui! As garras da graça são mais fortes que um simples desejo. Diversas vezes Ele veio até a mim através de outras pessoas, eu O reconhecia através de cada palavra. Ainda sim não dava ouvidos ao meu espírito, visava apenas a minha vida material. A saber, ela anda bem...
       Chegou o momento em que a voz do meu espírito urrava ao meu criador, confesso que sou incapaz de calá-la. Houveram momentos que ela falava tão alto que eu me alcoolizava afim de não ouvi-la mais... Nossa!!! Que tentativa frustrada. Era pior! O álcool me dava excesso de concentração e eu só me concentrava nela, na voz...
       Se tratando de algumas atitudes, uma coisa era boa, meu objetivo de querer negar tudo que eu era tinha tido êxito, entretanto se tratando de sentimento, era apenas mais uma atitude frustrada.
       Sem nenhum acontecimento sobrenatural cheguei a conclusão de que não dá para lutar com o que ainda permanece em mim. Fui ótimo em tomar atitudes contrárias ao meu credo, mas péssimo em calar a voz do meu espírito.
      Aqui no hospital, aguardo ansiosamente minha receita médica, afim de curar-me, de sanar as minhas dores físicas.
     Aqui no meu espírito, desde o dia em que decidi me afastar, trouxe comigo uma receita que havia recebido há muito tempo atrás e hoje ao abri-la, não havia um remédio que curasse as dores da alma, mas tão somente um encaminhamento a um especialista e grafado no encaminhamento havia escrito: “Reencaminho-o aos braços do teu Pai”

Reconheço... falta-me forças... creio!

http://www.youtube.com/watch?v=gYBzHhvqF_k

sábado, 16 de junho de 2012

A Pedagogia do meu Afastamento.


Sempre li a história do filho pródigo como se observasse um pai inerte, um pai que ateve-se em apenas aguardar seu filho, tá certo que sempre de braços abertos e com muito amor, mas inerte. Confesso que nunca gostei muito de pensar nisso, pois sempre acreditei em um pai presente, não como se fosse apenas em um professor que aguarda um aluno em sua sala de aula, de forma que o aluno deva ir a escola com suas próprias pernas, caso contrário, ele, o professor, não vai até o aluno. Sempre compreendi a existência de um Deus interveniênte na vida dos seus filhos, não em um manipulador que escolhe por nós, mas em um amigo que nos ensina o caminho e mesmo quando escolhemos errado, ainda sim, Ele está conosco nos mostrando o que aprender naquele caminho tortuoso, mesmo sendo nossa escolha estar em um caminho diferente daquele que Ele escolheria por nós, ainda sim, Ele escolhe estar presente, não apenas como um amigo, mas como um pai, professor e protetor.             
Sei bem que nos dias atuais não posso identificar-me como um cristão, não que tenha deixado de crer, mas por que creio tanto que sei não estar a altura desse título tão nobre. Sei bem das minhas últimas escolhas, todas conscientes e movidas por mim mesmo, não por Satanás, como queiram alguns, mas por mim mesmo que sou o senhor das minhas decisões, mas também sou responsável pela minha colheita. Escolhi descrer em algumas coisas, não que realmente quisesse, mas porque foi que única forma que encontrei para que sobrevivesse depois de algumas decepções.
Sei bem que Deus nada tem a ver com ações erradas de seres humanos, mas algumas delas afetam o que você pensa sobre Deus, ainda que esta seja uma concepção errada, mas é a única forma de auto-explicação diante de um comportamento culpável de quem deveria dar-lhe exemplos positivos e, no entanto, fez algo parecido com exatamente o contrário.
Deus é Deus e homens são homens, não há confusão nesse aspecto, nem muito menos o que se comparar entre os dois, visto que Deus é e sempre será santo, bom e justo e nós nem perto disso chegaremos.
Fiz minhas escolhas, das quais não me arrependo, nem muito menos me orgulho, sigo um caminho um pouco diferente do esperado, mas como disse no início, até em meio a caminhos considerados tortuosos por alguns religiosos, ainda ali Deus (não falo do DEUS supremo arquiteto do universo, mas falo do meu pai, do ABA), ainda sim está sempre comigo, está sempre aproveitando cada situação desagradável para me mostrar que está perfeitamente ao meu lado, para me ensinar em cada erro que cometo, ainda que esse erro seja contra Ele mesmo. Juro que tentei fazer com que Ele me deixasse, para que eu pudesse viver somente por mim, sem auxílio, sem acolhimento, sem ajuda... Tentei através palavras e principalmente por atos me afastar do seu amor, me afastar dEle. Quis mais que qualquer coisa ser só e não manter-me com auto-acusações diante das minhas escolhas e quanto mais eu sabia ser algo diferente do correto, com mais intensidade praticava, tentando fazer com que o Espírito se afastasse, ou que Ele se aborrecesse comigo ao ponto de deixar-me e “paz”.
Não consegui, por mais que eu tenha tentado e por mais que eu continue tentando, sinto-me incapaz... hoje provei o que diz Romanos 8.38-39 “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” Confesso me sentir preso a graça, como diz o título do livro de Max Lucado, incapaz de fugir do amor dEle.
Desde que fiz essas escolhas, fui acometido por várias "ameaças" vindas através de sonhos e mais sonhos, não que tivessem sido Deus quem as tenha feito, confesso que até pensei que fosse no início e por esta razão as encarei frontalmente e disse para o que quer ou quem tenha as feito que "era comigo mesmo e com mais ninguém". Outras formas de avisos chegaram até mim, sabia que alguém estava furioso, aliás isso eu já sabia desde o dia que havia me convertido, entretanto não pedi ajuda a Quem poderia me ajudar, mas ao contrário, pedi que permanecesse afastado, queria ser como todos, não que fosse especial, todos somos, mas só queria me sentir um comum, alguém que Deus jamais tivesse visto (impossível, pois todos somos especiais a Ele). Os avisos saíram do patamar de sonhos e passaram a vir por pessoas, passaram a vir através de revelações e através de sonhos de outras pessoas, algumas que eu não falava há alguns anos e que entraram em contato somente para avisar-me o que havia sonhado. Sabia que estava para acontecer algo ruim, bem ruim. Falo de morte, cheguei até a avisar a um amigo o que estava acontecendo, lembro-me que ainda sim, quis encarar só.
No final do mês de abril até o meado de maio, passei por 4 grandes livramentos sequenciais, onde quem os presenciou, de forma cômica me disseram para procurar uma corrente de descarrego, banho de pipoca, banho de sal grosso, etc... rsrs... eu, detendo o conhecimento do que realmente estava acontecendo via de forma diferente, via em tudo o que aconteceu a tal das “garras da graça” descrita por Max Lucado. Ainda que tenha estado bem fora dos padrões, e estando ainda fora propositalmente, ainda sim, Ele me ampara, ainda sim percebi claramente que Ele está presente. No último livramento, onde acidentei-me de moto e quebrei os dois braços e o calcanhar, haviam somente dois locais do meu corpo que sangrava e quando vi as palmas das mãos furadas e sangrando exatamente onde teriam transpassado os cravos em Sua crucificação, senti algo me dizendo “sou contigo”. Senti-me preso em seu amor incondicional e hoje tenho plena certeza do significado da palavra incondicional que falo. Somente após ter vivido essas experiências posso precisar o que significa essa falta de condições em troca do amor dEle descrita em Romanos 8.38-39. Hoje percebo a referência real do significado sua fidelidade ainda que SEJAMOS INFIÉIS.
Saber ser amado de forma incondicional por alguém que mesmo tendo motivos e poder para condenar-te, te absolve, te ampara,protege e ama, é o mesmo que receber tudo sem ter feito nada, afinal, esse é o conceito da Graça, favor imerecido! Sei bem que o Seu amor me persegue, sei bem que essa tarefa de afastar-me é impossível, aprendi que não dependo apenas de uma instituição para fazer Sua vontade, para retribuir, para amá-Lo, para sentir-me correto diante dEle e somente dEle, entretanto sei da substancialidade da comunhão. Não dependo mais de uma aprovação geral pública, dependo apenas do que Ele acha. Esse é o caminho para a verdadeira redenção e nesse novo caminho vejo-me ainda como um bebê de um mês, não regredi, mas agora verdadeiramente nasci.
Sei bem que minhas escolhas me trarão resultados pessoais, afinal, minha colheita fluirá de acordo com minha semeadura. Sei bem que onde encontro-me, o caminho de volta me trará ainda muita dor, sofrimento, arrependimento e isso vai levar tempo, mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza... Ele está comigo! Ainda que errante, pecador consciente, não merecedor de seu amor e graça, isso é inegável, Sua presença e Seu amor!
Não me exponho com fatos da minha vida para engrandecer-me... jamais!!! Sei que sou mais pecador que qualquer dia já tenha sido, mas exponho-me por agradecimento a Ele, não por me livrar inegavelmente em apenas um mês várias vezes da morte, isso nem sequer me alegra, mas por saber que Seu amor é incondicional e que Ele não depende de nada, absolutamente nada do que eu faça para que Ele me ame mais que já me ama. Isso sim, me alegrou, isso sim me ensinou muitas coisas. Esse amor incondicional é libertador, não de uma situação, mas de nós mesmos.
Certamente, independente de quem você seja, Ele te ama de forma gratuita e incondicional!
Após 7 meses, volto a postar...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Que seja feita a Sua vontade!!!!

"Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os seus caminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os céus são mais altos que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos"
(Is 55:8-9)
         É cômico como o ser humano luta com toda a força do seu braço afim de ter as rédeas de sua vida em suas mãos. Dá-se ao extremo só para não perder o controle, afinal, ficar a mercê do acaso é uma sensação péssima e todos fugimos dela não é?
       Em toda a Bíblia vemos homens querendo tomar o absoluto controle, muitos exemplos como o de Jonas, que foi para o lado oposto ao que Deus ordenou, mas a vontade do criador era que ele fosse para Nínive e um peixe o engoliu e o deixou no local correto!...(chegou a ser até engraçado a luta vã de Jonas) Davi fazendo muitas besteiras afim de satisfazer as suas vontades e desejos... O povo no deserto marchando e resmungando... Adão e Eva comendo o fruto da árvore proibida... enfim... muitos são os exemplos dessa tentativa frustrada de fuga da vontade do Criador. Não creio na predestinação, mas creio no amor imenso de um pai que nos guia, as vezes sem querermos. Um Pai que nos guarda enquanto errantes. Tenho que o maior desejo do criador fosse que dependêssemos dEle, que recorrêssemos a Ele e que deixássemos Ele nos mostrar o caminho, mas como filhos rebeldes saímos da esfera de vista de nosso pai e padecemos inúmeras vezes.
        Quantos de nós já tivemos eventos nas nossas vidas que não entendemos nada, por mais que gastássemos tempo pensando no acontecido, nenhuma indicação conseguimos vislumbrar. É o casamento que acaba, o filho que se foi, o emprego perdido, a família que nunca se teve, o ente querido que não recebe cura, o amigo ou familiar que não se converte, por mais que oremos, enfim... inúmeros são as surpresas que nos acometem. Não entendemos, não aceitamos, mas no fim, o que nos resta é, como Jonas, aceitar o que Ele tinha para nós, no fim, de uma maneira inexplicável, a vontade d'Ele é sempre feita. Estaríamos nós sendo sub-julgados por um Deus tirano e manipulador que simplesmente quebrou o pacto do livre arbítrio? Será que Ele, é um sádico manipulador e relaciona-se conosco como se fôssemos peças de um jogo cósmico entre Ele, o Todo Poderoso e seu adversário satanás?
            Confesso que entender a idéia de que não temos o controle soa estranho. Nos perguntamos onde está o livre arbítrio, e as MINHAS escolhas, e a MINHA vontade, e a MINHA vida???? São tantos meu's que indagamos. E Deus nos pergunta: - "E os MEUS planos?" Quando nos entregamos a Ele, nós dispomos nossas vidas a vontade exclusiva d'Ele, ou você tem o controle ou Ele tem o controle Isso somente você pode decidir. Certa vez ouvi a seguinte frase:"- O livre arbítrio condiz apenas a qual Deus vc vai servir. Se você escolher Deus o criador, sua vontade será posta de lado e vamos passar a escolher as suas escolhas. Se escolhermos Satanás, basta requerermos NOSSAS próprias decisões que são sempre voltadas a carne."
          Não sei bem como isso funciona, não sei muito menos explicar como funciona, mas sei de uma coisa: Temos um Pai que é Deus que sempre nos direciona para o que é bom, Perfeito e agradável, mesmo que não entendamos, é sempre o melhor.
       Veja bem, não estou dizendo para abrirmos mão de nossas responsabilidades, nem ao menos para ficarmos parados inertes esperando Deus tomar a decisão por nós, mas em BUSCAR(verbo de ação) a sua vontade e TOMAR(verbo de ação) a decisão em direção a ela. Isso não é simples, é muitas vezes dolorido, complicado, mas no fim, vale muito apena. Por que Ele sabe exatamente o que é melhor pra mim e pra você! Estamos presos a liberdade que temos nEle!!!!!!
         Temos um pai que nos guia, nos ensina, nos acolhe, nos guarda, nos consola, mas acima de tudo, temos um pai que nos salva, ainda que de nós mesmos.

Que Nosso Pai que é Deus nos abençoe!!!

http://www.youtube.com/watch?v=ivxIyR5c_Uo

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Realmente deveríamos voltar as bases?

“Aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e SIGA-ME”
       Muito ouvi sobre voltar as bases do cristianismo, ao evangelho genuíno, voltar nossos pensamentos para séculos atrás, onde considerava-se a existência de fiéis pregadores da palavra de Deus. Muito se discute a respeito do tema em tela, questionando apenas sobre a necessidade de voltar, mas nunca se realmente é preciso voltar!
       É engraçado como estamos dispostos a agarrar um modelo que deu certo, entretanto, esquecemos que cada modelo é único, que só deu certo ali e naquele momento, com aquela pessoa.. As verdadeiras mudanças vieram de homens que imbuídos de uma causa nobre, deram-se a si mesmo em prol da mesma. Reprises de um passado pouca efetividade tem em nossas vidas. Não obstante, por analogia, deveríamos tomar esse mesmo exemplo e aplicá-lo na espiritualidade, onde cismamos em bater com o punho na ponta da faca e repetimos como papagaios de pirata a frase:”voltemos a base.... voltemos a base”... Mas.... vamos pensar.... Cristo pensou em voltar as bases da religião verdadeira da época, implantando modelos de Abraão, Isac ou Jacó? NÃOOOOOOO.... Ele pensou e fez o que tinha que fazer.... fez tudo diferente do previsto e esperado, foi sozinho contra toda a nação... calma aí gente... eu disse um único homem contra TODA uma nação!!!!!!!! E o que Ele tinha era tão verdadeiro que modificou o curso da história! Quer mais exemplos??? Vamos para os fundadores do protestantismo, Calvino... Se ele tivesse voltado as bases, não haveria o protestante, somente os católicos... ele foi contra toda a massa e mudou novamente o curso da história... isso sem falar em Martin Luther King, Spurgeon, etc...
       A vida não para! Não devemos perder tempo olhando para o passado e querendo voltar, mas olhar para frente e dizer... agora é comigo! Assumir a responsabilidade de gerir um rebanho com a atual cultura e implementar o cristianismo em uma estrutura totalmente diferente da qual foi criada a 2000 anos atrás.
       Quando Cristo nos chama, Ele quer que olhemos adiante. Não existe cristianismo! Existem cristianismoS! Estamos muito afastados do genuíno, e me atrevo em dizer que jamais alcançaremos o mesmo com tanto tempo de distância. O que podemos fazer é tentar remontar o mais próximo possível da real proposta e aplicá-lo frente a nossa atualidade. Como uma colcha de retalhos. Essa proposta de vida nova, de efetividade imediata e real, tem ainda sim um grande espaço, desde que seja proposta com uma real intenção de mudança de caráter e não com a intenção de tirar o ser humano da terra o transformando em um alienígena, nem proposta ao outro extremo de ser comparada com apenas uma filosofia de vida, que haja a mediação entre todas as lições, mas principalmente caráter em oferecer essa proposta.
       Voltar as bases deveria ser substituído por criar novas bases.... Não percebemos, mas ela já se esvaiu há um grande tempo!

sábado, 27 de agosto de 2011

Tudo é pela Graça de Deus


Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.(Efésios 2.8-9; NVI)

   Graça? Favor imerecido! Misericórdia? Não nos expurgar como merecíamos!
     Se Deus é bom, gracioso e misericordioso para conosco, logo posso pensar em pecados não punidos! Olhando simplesmente, com uma ótica jurídica e engessada sobre Deus frente aos seus filhos, teríamos liberdade de ação para errarmos e para cometermos os pecados mais diversos, olhando para Deus e dizer para Ele: "-lá lá lá lá.... você não pode fazer nada!!!". Pena que algumas pessoas tenham essa óptica!
     Deus é possuidor de uma graça infinita, graça que nos concede o direito de mesmo errantes eternos sermos chamados de filhos de Deus, entretanto, em um relacionamento de amor não há que se falar em manipulação... Deus não é um menino mimado que nos manipula tiranamente, mas sendo detentor da onisciência, onipresença e onipotência, teria todo o poder de fazer o que quisesse, mas não o faz, porque quem obriga o outro em um relacionamento tira do outro a possibilidade de escolha desse, inclusive de não amá-lo, e em um relacionamento de amor sincero o substancial deve ser a liberdade (amo porque quero, estou aqui porque quero!). Algo importante foi instituído, o “livre arbítrio”! Com ele, vem também a responsabilidade pelos nossos atos, algo chamado "lei da semeadura" (tudo o que plantarmos ali colheremos). Com direitos temos também responsabilidades com as nossas vidas e atos. Deus nunca disse que não perdoaria nossos pecados, entretanto Ele também nunca disse que esses pecados não teriam desdobramentos naturais (conseqüências)!
     A sua e a minha vida não é uma balança aos olhos de Deus, ou seja, Deus não fica pesando seus bons atos e seus maus atos pra decidir matematicamente se te ama ou não.... Ele te ama e pronto!!! Independente de quem você seja, independente de você conhecê-lo ou não, independente de você estar desviado ou não, independente de qualquer pecado, nada, absolutamente nada é capaz de te separar do amor de Deus por meio de Cristo Jesus (Rm 8). Talvez você esteja se questionando sobre a proximidade de Deus nessa fase da sua vida, onde sabe que não está tão bem, onde o pecado abunda, onde a sua busca é pouca, onde a fraqueza te domina, é nesse momento de fragilidade que ele está mais próximo... a oração de um fraco, no mundo espiritual, ecoa como se você estivesse com a boca em um microfone da “furacão 2000” para Deus, pois é Paulo quem diz:- “Quando estou fraco é que estou forte!”.
     Aqui baseamos a nossa crença em Graça. Nada é por seu merecimento, mas é tudo de graça, mesmo que você não mereça, e de fato nunca merecemos, Ele nos concede a graça de recomeçarmos de onde caímos, nos estende as mãos, recoloca a capa e o anel e nos chama de filhos.
      As vezes me deparo com alguns bordões do tipo “pare de sofrer” “igreja: local de vitória” “você é merecedor de todas as riquezas materiais, afinal seu pai é dono de todas elas””se está em pecado, logo estarás em tribulação”, clichês gospel’s de pouca efetividade humana, mentiras santificadas criadoras de frustrações no povo e tudo isso em nome de Deus! Enquanto vivermos teremos sofrimentos, sejam eles plantados ou não. Vivemos em comunidade e na maior parte do tempo Jesus fala sobre o Reino de Deus que já estava manifesto e não haveria que se dizer que ele estaria aqui ou ali, mas o reino é uma forma de vida em comunidade, não desprezando o caráter espiritual de um reino vindouro, mas o que nos importa agora é o que está aqui, pouco ajuda discutirmos sobre essas “teorias teológicas”, pouca efetividade e aplicabilidade humana teria e em momento algum essa foi a intenção de Cristo.
     Em salmos tem uma parte escrita assim: “-... pois ele sabe do que somos formados...” somos formados de pó! Ele conhece nossas debilidades, nossas fraquezas, conflitos internos, dúvidas e frustrações! E mesmo assim Ele foi capaz de entregar seu filho por mim... um rélis pecador reiterado. E o que me surpreende é que Ele está ali, a distância do seu braço para quando eu estendê-lo Ele poder segurar. A graça de receber a graça também é graça!
       A minha pergunta é: - como retribuir tamanho amor, como retribuir tão grande graça?
       A minha resposta é: - Senhor nada tenho de bom em mim que possa ser útil a Ti!
      A minha conclusão é: - Ainda assim Ele me ama, me capacita, me resgata, me ensina... ainda sim Ele é meu PAI!
     Findando, digo sem medo de errar: - Temos um Pai que é Deus e não um Deus que é Pai. A paternidade é atributo inicial dEle para comigo e não a divindade, por isso, talvez, seja o motivo da necessidade de nos relacionarmos em sinceridade e amor com Ele em um relacionamento não manipulador, mas livre em amor!


http://palcomp3.com/sanctusband/#!/sem-eu-merecer

segunda-feira, 7 de março de 2011

O Caos Social e Amor de Deus

"No mundo tereis aflições. Mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo." (Jo 16;33)

       Aquecimento global, terremotos, tsunamis, enchentes, furacões, serial Killers, guerras e bombardeios, doenças cujas causas e curas são desconhecidas, enfim, uma gama de má sorte que aflige nosso cotidiano e de certa forma afeta a individualidade de nossas vidas. O terror que nos aflige torna-nos descrentes de uma defesa suprema, de uma justiça celestial. Sofremos e carregamos o ônus sob fatos que não provocamos. A avalanche da aflição, tristeza e danos que nos é imposta de forma injusta fortalece, muitas vezes, o estado laico (imparcial quanto a fé). Onde está Deus no sofrimento? Será que Ele conhece nossas dores e a injustiça que nos aflige? Deus pode interferir no caos? Como acreditam os "deístas", será mesmo que o mundo é um relógio e Deus é o relojoeiro, onde o "todo poderoso" criou todo o maquinário, deu corda e agora cabe a nós a manutenção e Ele não pode mais interferir? Se assim é onde está o amor? Certa vez ouvi uma história, que torna clara a resposta desses questionamentos: "um dia, em um salão de beleza, um homem estava esperando sua vez para cortar o cabelo e ouvindo, observava a conversa de um cliente com o cabeleireiro. Eles se questionavam sobre a existência de Deus e se apoiavam no argumento de que Deus não podia existir diante de tantas catástrofes e sofrimento inocente. Incomodado buscou resposta, mas não sabia o que responder para sí mesmo. Quando aquele cliente estava saindo do salão, na porta, ao lado de fora, apareceu um mendigo com os cabelos grandes, sujos e embaraçados. O homem que estava esperando gritou:-Vejam, cabeleireiro não existe!!!!! Não existe!!!!!!! (Enfaticamente) - Aquilo chamou a atenção de todos que ouviam a discussão passada. O cliente riu e interpelou a afirmação. O homem que esperava tratou de fazer a analogia do que acabara de dizer e explicou assim: - Se eu considerar que Deus é a causa de todas as catástrofes humanas e afirmar que por isso existir, e aparentemente haver a Sua permissão, Deus não exista, logo vendo um cabelo grande ou barba por fazer devo presumir que barbeiro e cabeleireiro também não exista. Terminou dizendo: - O problema não é a falta de barbeiro ou cabeleireiro, mas a falta de atitude dele em ir ao salão, o problema da humanidade é a falta de busca por Deus!”
       Um dia, em um programa de televisão, perguntaram a uma madre a respeito dos serial’s Killer’s em escolas americanas, acontecimentos recentes e normais nos EUA. Ela respondeu com uma voz tremula, talvez pela velhice acumulada com a dor: - Lutaram nos nossos congressos e tribunais para tirarem as imagens de Jesus de dentro das escolas, lutaram para acabarem com as aulas de religião, lutaram e conseguiram! Porque agora o povo pergunta onde está Deus nas escolas?”.
       Talvez ela tenha resumido um sentimento divino em poucas palavras. Lutamos por nossa liberdade, como se não tivéssemos, afinal, Deus nos deu o livre arbítrio, e por amor Ele o mantém. Deus NÃO é um manipulador tirano e vertical que com sarcasmo, sorri enquanto nos pune pelos nossos erros, mas em amor, é necessário que colhamos aquilo que plantamos e como humanidade, em coletivo, colhemos até aquilo que não plantamos em virtude do nosso vizinho (um outro humano). Nossas escolhas são deturpadas, divergem e muito da vontade de original de Deus, as simplicidade mostrada por Cristo, mas ao invés disso, preferimos colocar Deus em uma caixinha de sapato e o denominamos RELIGIÃO, onde por muitos, Cristo é visto, não como nosso salvador e libertador, mas como um juiz que nos pune. Ora, está escrito em suas próprias palavras: “filhinhos, estas coisas vos escrevi para que não pequeis, mas se pecares, tens um advogado diante do Pai”.
      Escolhemos todos os dias nossas próprias trajetórias e, em conjunto, definimos a direção do mundo. O mundo está aquecendo, onde está Deus para esfriá-lo? É fácil transferir para Deus nossas culpas, mas poucos tem a coragem de responder: O homem está poluindo e níveis extremos e os gases lançados na atmosfera estão destruindo a camada de ozônio, causando o efeito estufa, derretendo as calotas polares, aumentando o nível de água no mar.... parem de poluir ou invistam e energia renovável..... mas não, é muito caro, deixaremos de lucrar! É fácil colocar em Deus a culpa pelas catástrofes, né, afinal, como dizem os religiosos, TUDO é por vontade D’Ele.
       Deus ainda intervém, particularmente em nossas vidas, não acredito na intervenção coletiva, afinal Deus não mudou a era em que Cristo viveu apenas para amparar seu filho para que ele não sofresse, mas ao contrario, nasceu em uma época de um recenseamento estúpido, que tinha o intuito de matá-lo, nasceu em uma manjedoura, em uma rua qualquer, em um lugar qualquer, ninguém tomou conhecimento do seu nascimento, mas para mudar a história, Deus através de Cristo gerou Pedro, Paulo e outros, e esses sim movidos pelo Espírito Santo mudaram a história. Deus não quer redesenhar sozinho a história da humanidade, mas quer nos modelar para que nós mudemos a nossa história e em coletivo mudar a história do mundo.
      Temos nossas responsabilidades e são grandes. Devemos assumir nossas culpas e parar de ficar, como criança, colocando a culpa nAquele não vai se defender. É muito fácil culpar a ausência de Deus ou a presença do diabo, mas é difícil olharmos para as nossas debilidades e erros constantes, confrontar nossos medos e incertezas para que possamos nos tornar pessoas melhores diante da vida!
       Digo e repito, Deus não é um manipulador vertical, um tirano sádico que vive nos colocando diante de testes e responsabilidades das quais não podemos cumprir, nem mesmo criando situações adversas e catastrófica apenas para ficar aplaudindo no seu trono como se fosse uma apresentação no coliseu, e tendo como filosofia de vida o pão e circo. Acredito no sofrimento divino por nossas más escolhas, mas jamais na sua ausência diante de nossas dificuldades.

Temos responsabilidade diante da vida!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Deixe a sua tenda e alarga tuas fronteiras!

Gênesis 12:1-3 “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.”

       Esse texto relata o momento em que Deus apontou um direcionamento ousado a Abraão e este, não se importou com os óbices que implicariam a caminhada, entretanto, pela fé, aceitou o que Deus havia falado com ele. Não foi atoa que Abraão foi considerado o pai da fé, não seria por menos também né... Ousadia de Abraão. Acreditou na promessa, acreditou em um novo tempo para o povo que Deus havia colocado em suas mãos para este cuidar. Acreditou no cumprimento das promessas de Deus, arriscou-se, entregou-se até o último segundo a vontade do Senhor.
       O povo vivia em um local, se comparado com os que eles tiveram contato no percurso até Canaã, que poderíamos considerar até um local confortável, entretanto o que Deus tinha projetado para aquele povo era algo muito maior, uma terra que emanava leite e mel. Os planos de Deus são sempre maiores que os nossos, aleluia por isso queridos! No deserto, o povo não teve paciência, faltou fé diante do quadro que eles viam. Faltou esperança no seu Deus diante das dificuldades eminentes e atuais que o povo já estava passando. Faltou acreditarem na promessa que Deus havia feito a Abraão. Pereceram muitos anos no deserto. Poderia ter ficado o tempo necessário para alcançar a promessa, mas ao invés de se entregarem mais a cada dificuldade o povo requereu seus "pseudos" direitos... resmungaram...
       Tenho visto a nossa atualidade, e me incluo nela, e percebo o quanto temos dificuldade de perdermos o controle, seja lá do que for, nós, humanos, não aceitamos de bom grado, somente por vontade própria, perdermos o controle, principalmente no que tange a circunstâncias de nossa própria vida, entretanto, esse foi um chamado onde Deus estava dizendo, nas entrelinhas, a Abraão: “ Filho, entregue o controle do meu povo em minhas mãos! Eu os conduzirei e lhes mostrarei a minha promessa! Tão somente entregue-se e confie, sou fiel e justo!”. Houveram várias promessas a Abraão se esse fizesse o que Deus lhe mandara. Ele fez! E nós?
       A todos os momentos Deus está deixando pistas a nossa frente, entretanto, nem sempre queremos fazer o que Ele nos pede, afinal, perder o controle da nossa vida não é cômodo. Afinal, abrir mão das nossas escolhas é doloroso. Afinal, entregar nossas escolhas, planos e sonhos, confiando PLENAMENTE em Deus, é arriscado né! Queridos, infelizmente só podemos continuar cristãos pela FÉ, e Fé é a certeza de fatos que não se vêem, lembram?
       Todos os dias, nosso Pai, nos diz: -"Bom dia! Hoje pode ser o dia que vc entregará TODA a sua vida em minhas mãos, e hoje pode ser o dia em que poderei começar a te honrar!". O cristianismo só tem valor quando andamos exclusivamente pela fé, crendo nas mãos reais de um Deus, humanamente, invisível!
       Hoje pode ser o dia em que uma atitude de fé poderia alargar suas experiências com Deus. Acontecendo isso, talvez você perceba que Ele é mais real que o ar que respiramos, embora não o vejamos...
       Valerá apena!

http://www.youtube.com/watch?v=IJNxQzA0dLo

Vida em abundância

João 10:10  O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. 

       As vezes nos deparamos com alguns percalços da vida cotidiana onde nos perguntamos se realmente deveríamos estar passando por determinados tipos de problemas. Nos perguntamos se realmente a proposta da presença de Cristo em nós é real, se realmente Ele se importa... Diante dos nossos pecados diários, pequenos ou grandes, as vezes nos questionamos se realmente foi suficiente o Seu sacrifício e se realmente Ele pode cobrir o peso dos nossos pecados, que são muitos.
       Diante da nossa humanidade, de nossas insuficiências em ter merecimento de estar diante de um Deus que é santo e puro, nos acusamos, nos auto-mutilamos em nossas falhas e acabamos por esquecer da proposta e do real sentido do seu sacrifício.
       A proposta real de Deus em enviar seu único filho, foi a de redimir a culpa e os pecados da humanidade para que Ele mesmo pudesse se relacionar com o povo sem que Sua santidade nos matasse, ou seja, nós causamos o problema e mesmo assim Ele nos apresentou a solução: Cristo!
       O amor despreendido a favor de nós, ainda que pequemos, nos valoriza e nos diz que somos importantes para o Pai.
      Lembro-me da minha condição humana, vejo que por mais legal e parecido com o Pai que eu me esforçe para ser, continuo tendo o meu lado escuro, continuo com partes não claras, partes essas que ainda luto para que a luz de Cristo as ilumine. Tenho certeza que quando isso acontecer, descubrirei novas partes escuras, afinal, sou dotado de humanidade, de erros... O que torna tudo isso mais incrível, ao meu ver, é quando me depraro com a dinâmica da salvação, e mesmo não tendo nada em troca a oferecer, mesmo sendo um pecador reinterado, mesmo sendo falho, o Cristo, filho de Deus, se deu a favor de mim e de você! A resposta dada em meu favor foi a  GRAÇA, o favor imerecido!
       Como poderíamos não ser eternamente grato a um Deus que nos amou primeiro e que mesmo diante de nossas falhas nos diz que NADA PODERÁ NOS SEPARAR DO AMOR DE DEUS QUE ESTÁ EM CRISTO JESUS?
       REDENÇÃO dos pecadores (foi o que Ele fez com a Cruz)! Reavivamento de uma vida (foi o que Ele fez comigo)!
       Como temos respondido a esse favor imerecido?


http://www.youtube.com/watch?v=2F8tA-LZ6XU&feature=related
Vejam!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Em tempos de angústia....

Habacuque 3.17-19 "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação. O SENHOR Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas."


       Confesso que esses três versículos são um dos que considero mais belos da bíblia. É lindo a fé expressada pelo profeta. O mais belo é ver as circunstâncias das quais ele declarou essas palavras. Em um momento onde Deus estava extremamente irado com o povo, ele pode interceder e mesmo diante de um decreto, era como se ele dissesse: "-Senhor, ainda que vá tudo mal na minha vida, ainda que nada esteja dando certo, ainda que eu esteja quase entregue, ainda assim eu o adorarei e louvarei o Deus da minha salvação."
       É impressionante a força com que O profeta expressa essas frases. Lembro-me de Cristo no monte das Oliveiras, antes de ser preso, quando orava e dizia a Deus: "Pai, afasta de mim esse cálice, todavia que não seja a minha vontade, mas a sua". Impressiono-me ao ver o tamanho da fé desses que nos deram um exemplo. Comparo com a atualidade gospel, onde a maioria de nós SÓ queremos bênçãos, vitórias, alegrias e milagres. E quando o milagre não acontece? E quando a doença não retrocede? E quando seu filho não se converte? E quando o marido não volta? E quando nada do que pedimos acontece? Será que continuamos firmes, angustiados, mas firmes em Deus? Não!!! Buscamos egoistamente NOSSOS propósitos. Procuramos olhar apenas para o nosso próprio umbigo. Para as NOSSAS necessidades. Para as NOSSAS misérias e para os NOSSOS sofrimentos. Quantos de nós podemos ter a coragem de Cristo ao falar a Deus "que não seja a minha vontade mas a d'Ele'? Quantos de nós temos a coragem de Habacuque que após muito pedir misericórdia por um povo rebelde e ainda sim declarar, como se fosse um último suspiro: "ainda que a figueira não floresça, ainda que a videira não dê o seu fruto, mesmo que não haja alimentos nos campos eu me alegrarei em Ti."?
       Amados, a aflição é algo inevitável, acredite, ela nos alcançará não só uma vez. Cristo nos advertiu: "Nesse mundo tereis aflição, mas tendes bom ânimo, Eu venci o mundo!". O importante é sabermos que nunca estaremos sozinhos, Ele estará conosco! A verdadeira declaração de amor, o verdadeiro louvor e adoração se dá na voz fraquejante de quem está desfalecendo, seja por aflição, angústia ou retaliação. O substancial é não esquecermos que quando estamos fracos é que estamos fortes. Que você e eu possamos ter a mesma unção e coragem de Cristo, no monte das Oliveiras, e de Habacuque. Que Possamos bradar em alto e bom som nos dias de tribulação: "- Pai, que seja feita a tua vontade. Ainda que a figueira não floresça, ainda que a videira não dê o seu fruto, mesmo que não haja alimentos no campo, eu me alegrarei em Ti, no Deus da minha salvação!"
       Para terminar, lembro-me das palavras de Deus a Paulo, quando este orou três vezes pedindo para que Deus tirasse seu espinho, sua angústia, sua tribulação. E disse Deus: "- MINHA GRAÇA TE BASTA"


http://www.youtube.com/watch?v=yP-yU53fZxg&feature=related